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Anfíbios

O solo da RPPN, de drenagem deficiente possibilita a formação de trechos alagadiços e trechos permanentemente encharcados nas cotas mais baixas do terreno o que propicia esta grande riqueza de anuros local, já que a maioria das espécies da região depende desses tipos de ambientes para reprodução.

Os anfíbios anuros da região foram inventariados e estudados desde a década de 1980 e, ao todo, 40 espécies da ordem Anura distribuídas em 10 famílias, foram encontradas na RPPN, representando aproximadamente 10% das espécies da mata atlântica. Os anfíbios dessa ordem fazem-se notar com frequência pela emissão de vozes e pela presença constante nas camadas inferiores de folhagens e no solo da mata.

Os elementos mais notáveis são Rhinella hoogmoedi que apresenta cor críptica com a serrapilheira, local que habita, e está associada ao ambiente reprodutivo de riacho de água límpida, rasa, de leve correnteza e de interior de mata, onde geralmente vocaliza na margem. Entretanto, na RPPN CEGHN, alguns espécimes foram encontrados vocalizando empoleirados em brejaúvas, (coqueiro-de-iri), a mais de dois metros de altura. Esta palmeira acumula folhas secas caídas de outras plantas em seu caule por meio dos acúleos (projeções epidérmicas espinescentes) aparentemente propiciando maior estrato espacial e camuflagem para a espécie;

Euparkerella cochranae possui tamanho diminuto e é endêmica do Estado do Rio de Janeiro, com poucos locais conhecidos sobre sua ocorrência. A espécie, que tem como localidade tipo a subsede do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, também no Município de Guapimirim, é comum na região principalmente dentro dos limites da área da RPPN onde há serrapilheira acumulada;

A espécie Chiasmocleis carvalhoi encontra-se atualmente incluída na categoria “Em Perigo” de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN ( Silva - Soares et al., 2010), contudo a espécie é comumente encontrada na área da RPPN e entorno.

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